Deixem passar o MAIOR de Portugal – Na alma a chama imensa
Deixem passar o MAIOR de Portugal – Na alma a chama imensa
Do fundo da noite que me envolve
Escura como o inferno de ponta a ponta
Agradeço a qualquer Deus que seja
Pela minha alma inconquistável
Nas garras dos destino
Eu não vacilei nem chorei
Sob as pancadas do acaso
Minha cabeça está sangrenta, mas ereta
Além deste lugar tenebroso
Só se percebe o horror das trevas
E ainda assim, o tempo,
Encontra, e há de encontrar-me, destemido
Não importa quão estreito o portão
Nem quão pesado os ensinamentos
Eu sou o mestre do meu destino
Eu sou o comandante da minha alma
William Ernest Henley
Banco: Quim ; David Luiz ; Maxi Pereira ; Karagounis ; Tiago ; Miccoli ; Geovanni
Na baliza Enke, que no inicio da década defendeu superiormente a baliza de uma equipa muitas vezes cheia de jogadores com pouca qualidade para defender aquela camisola. O Enke era soberbo, sempre com aquele ar imperturbável na baliza, parecia estar sempre imune a tudo e defendia muitas vezes o impossivel. Infelizmente a vida acabou por ser madrasta com ele depois de sair do nosso país. No banco deixo o Quim, apesar de gostar mais do Moreira, o Quim acaba por estar ligado a muitos bons momentos da ultima década, as lesões e problemas do Moreira retiraram-lhe uma carreira impar, não tenho duvidas, mas o Quim num estilo mais discreto já deixou a sua marca. Na direita o "cowboy" Miguel, que principalmente no ano do título foi absolutamente imperial, prefiro sempre recordar o que fez dentro do campo, uma vez que fora dele toda a gente sabe a sua tendência para a asneira. Os centrais são uma dupla de guerreiros, o inevitavel Luisão e o Ricardo Rocha. O brasileiro é incontornável, o seu percurso já vai longo de manto sagrado vestido, aquela careca deu-nos um campeonato suadissimo e uma festa monumental, muitas vezes criticado sempre respondeu a isso com classe e trabalho ; e o grande Ricardo Rocha, com quem troquei inesqueciveis mensagens no Hi5 em plena caminhada para o título ( e sim era o verdadeiro R.Rocha ). No meio campo o pitbull Petit, enorme raça e empenho, fundamental durante vários anos, dele recordo um golo de sonho ao Paris Saint Germain na Luz comigo no estádio, numa eliminatória da Taça Uefa ; ao lado do 6 o grego Katso e o Maestro Rui Costa, do primeiro guardo um trajecto sempre muito regular no BENFICA, importante e muito útil à equipa, nomeadamente na primeira temporada em que até dotes de goleador revelou, e do Maestro nem preciso de escrever muito, poder ve-lo acabar a carreira com a classe com que o fez de vermelho vestido vale só por si a entrada directa neste onze. No ataque a escolha não era fácil, embora Simão e Cardozo fossem indiscutiveis. Para os acompanhar optei pelo Nuno Gomes, embora Miccoli também o pudesse merecer. Escolhi o 21 por tudo aquilo que representa para o clube, e pelo trajecto de muitos mais anos do que o italiano no BENFICA, nesta década o Nuno Gomes ganhou todos os títulos em Portugal, marcou os primeiros golos da Nova Catedral e ultrapassou a marca mitica dos 150 golos ao serviço do clube ( tem actualmente 161 ). O Simão estar neste onze era imperativo, foi de longe o melhor jogador destes ultimos dez anos, esteve em todos os momentos mais altos, aquele golo em Liverpool entrou directamente para a galeria dos imortais, e o Tacuara Cardozo tem por hábito fazer aquilo que interessa, ou seja, golos de todas as maneiras e feitios. Recordo os seus primeiros tempos na Luz, em que assistia em plena bancada aos assobios constantes e dúvidas dos treinadores de trazer por casa em relação ao paraguaio, que em dois anos e meio já leva mais de 50 golos de águia ao peito. No banco deixo para além do referido Quim, os defesas Maxi Pereira e David Luiz, que a continuar assim se candidatam a passos largos de figurarem num próximo onze de eleição. O uruguaio é daquelas máquinas de trabalho e dedicação, e o David Luiz é um jogador à BENFICA, de alma e coração e que por mim jamais sairia do clube, só não está neste onze porque entendo que o melhor deste menino ainda está para vir. Ao seu lado no banco estão também Tiago e Karagounis, dois médios com passagens demasiado curtas pelo BENFICA, o primeiro tornou-se um saltimbanco do futebol, já com passagens pelo Chelsea, Lyon e Juventus, foi decisivo naquela equipa que levantou o BENFICA e ganhou a Taça de Portugal ao Porto do Mourinho. O Karagounis era pura classe, a bola ficava colada aos pés daquele grego, que pecava por ser muitas vezes irregular. Para completar a convocatória o Soneca Geovanni que nos grandes momentos não facilitava e dava sempre um ar da sua graça, tinha tambem aquele saudável hábito de marcar à lagartagem. Alguns outros nomes poderiam ter feito parte das escolhas, incluindo da actual equipa, como Saviola, Ramires, Javi Garcia que têm estado a um nível altissimo, mas estão apenas há meio ano no clube. Espero que daqui a dez anos possa estar aqui a escolher novo onze, e que a selecção seja mais complicada fruto de grandes equipas e muitos títulos conquistados :)
Bem agora podem-me colocar as perguntas que bem entenderem, bastando para tal carregar aqui